sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Veneno

Hoje fumei um cigarro pensando em ti,e nos tormentos que me causou na noite passada,lembrei dos gritos,das lágrimas,dos maldizeres...Lembrei também da coxa vermelha que entrelaçava nossos corpos,mas a partir de hoje a cama estará vazia,restará apenas lembranças derradeiras de um pretérito perfeito.

Ah como seus gritos me acalmavam!Hoje o amor já está mais fraco,não é como o amor de ontem,ou como o prazer da semana passada.

Ah se o tempo voltasse!Cometeria os mesmos erros absurdos e insanos,coisas de quem ama demais,ou pelo menos coisas de quem já amou demais.

Em pequenos e súbitos tragos arranhando meu peito,vou despedaçando as melancolias desse sentimento errado,olhando para o teto vejo que a luz gira em torno de um círculo confuso,nos traz lembranças de um passado nada distante,nos consola de sonhos inesquecíveis e atrai fantasmas pro nosso presente.
Aos poucos vou morrendo com o veneno que você me deixou.


Jordano Souza

3 comentários:

  1. Já eu vivo dos venenos que me deixam.
    Bons textos vejo por aqui e os acompanho com um café sem açúcar do meu lado.

    ResponderExcluir
  2. Muito bom menino, gostei muito do seu blog também. Você é um grande escritor.
    BEIJOS e obrigada pela visita.rs

    ResponderExcluir
  3. Vivo de pretéritos imperfeitos- os perfeitos parecem eternos demais.

    ResponderExcluir