domingo, 4 de julho de 2010

Nosso Ego

Nunca estamos bem,
Sempre queremos mais!
Sufocamos de vontades e sonhos
Quase impossíveis.

Não há quem se contente
Com um único amor na vida,
Queremos magoar e ser magoados.
Não pensamos em nada além,
Pensamos apenas em nós mesmos.

O carro da garagem é sempre velho,
A casa é sempre pequena,
O sofá está sempre sujo ou rasgado.
O amor é sempre mal doado,
Mal usado, mal tratado.

Queremos lágrimas
Para aguar nosso jardim,
Queremos sorrisos para desperdiçar alegrias,
Queremos sempre o que não nos importa,
Mas que importa outrem.

E quando o telefone não mais toca,
Quando as cartas não mais chegam,
Quando as flores extraviam,
Percebemos nossos erros
Mortíferos e irreversíveis.

Ai não há mais lágrimas,
Não há mais sorrisos,
Não há mais amor
Que cure
O tempo jogado fora.

Então em prosas
E rimas imperceptíveis
Vamos fingindo não conhecer
O que realmente machuca:
A solidão perambulando
Nosso Ego.

Jordano Souza

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Nota de segunda

As portas se abrem no momento em que deixamos a leveza da simplicidade plainar sobre nossa mente. De um modo lento e suave passamos a observar nós mesmos nas coisas mais brutas e selvagens.

Passamos a ouvir o que realmente devemos seguir. Não o rádio, não a televisão, não os livros, mas sim aquilo que chamamos de coração.

O verdadeiro movimento da vida está sincronizado com nossos próprios passos, com eles decidimos as coisas mais singelas , desde nosso corte de cabelo até as paixões mais arrebatadoras.

Todo ser humano nasce com um instinto selvagem e completamente bom, tal junção torna a raça humana devidamente abençoada.

Mas ao decorrer da vida separamos essas essências, nos agarramos ao instinto selvagem e predador e deixamos o bom para os momentos que nos convém. Tal separação nos tornam mais comuns que tulipas em dia de finados.


Jordano Souza